domingo, 26 de outubro de 2008

DIRETOR DO FMI É "INOCENTADO" SOBRE AÇÃO DE ASSÉDIO MORAL

FMI inocenta diretor acusado de assédio moral

Folha on line/JL

A diretoria do FMI (Fundo Monetário Internacional) inocentou o diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn, investigado por acusações de assédio sexual, favoritismo e abuso de poder em um inquérito sobre sua relação com uma funcionária do organismo internacional.
Segundo o FMI, as investigações sobre a conduta imprópria de Strauss-Kahn revelaram que ele teve um relacionamento consensual com Piroska Nagy, uma ex-alta funcionária húngara do Departamento Africano do FMI, casada com um economista argentino que também é ex-funcionário do Fundo, Mario Blejer.
Jose Luis Magana/AP O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Khahn Reportagem do "The Wall Street Journal" apontou que foi o próprio Blejer quem descobriu a infidelidade da mulher a partir de mensagens de correio eletrônico trocadas por Nagy e Strauss-Kahn em janeiro deste ano.
"O conselho executivo sublinhou que o incidente foi lastimável e refletiu um sério erro de julgamento da parte do diretor-geral", afirmou a diretoria do Fundo, em um comunicado oficial. Um dos membros do conselho executivo, Shakour Shaalan, afirmou que a decisão foi unânime entre os 24 membros do conselho, que supervisiona as operações diárias da instituição global. Shaalan disse ainda que Strauss-Kahn ainda contava com a confiança da diretoria do Fundo.
"Nossa conclusão foi de que isso não vai afetar a eficiência do diretor-geral nos tempos difíceis e desafiadores que temos pela frente", afirmou Shaalan. "Este foi um incidente desafortunado, do qual ele expressou arrependimento e a diretoria aceitou suas desculpas. Eu, pessoalmente, conversei com ele após a reunião e disse que isto não deveria se repetir", acrescentou o representante do Fundo.